Após anos de luta contra a decisão de transferir os processos judiciários de Penalva do Castelo para o tribunal de Sátão, está para breve o regresso a Mangualde dos processos do Concelho vizinho.

A decisão resulta de uma visita feita pelo país com o objetivo de corrigir erros ocorridos durante a reforma do mapa judiciário no passado. Face às acessibilidades, à história e à ligação entre os dois concelhos, faz mais sentido o regresso a Mangualde, do que a sua manutenção no tribunal de Sátão.

Segundo Maria José Guerra, Juiz Presidente do Tribunal Judicial da Comarca de Viseu, em declarações ao Jornal do Centro em dezembro de 2018, esta alteração está relacionada com o facto de historicamente as pessoas se identificarem mais com Mangualde do que com o Sátão, local para onde transitaram os processos com a reforma de 2014.

Com a previsão do aumento de atividade, o Ministério da Justiça avançou para as obras de requalificação, adaptou um espaço desativado no Tribunal de Mangualde para a criação de mais uma sala de audiências, equipada com videoconferência, a juntar a outra já existente. Segundo Maria José Guerra, juiz presidente do Tribunal de Viseu, a ideia é dotar o edifício de mais uma sala “para que possam funcionar dois juízos ao mesmo tempo”.

A par da criação da nova sala de audiências, o edifício do Tribunal de Mangualde está também a ser equipado com um elevador. O objetivo passa por melhorar as condições de acesso ao piso superior. A entrada principal do Tribunal de Mangualde, também sofreu obras para a adaptação do acesso a pessoas com mobilidade reduzida.

A empreitada lançada pelo Ministério da Justiça por concurso público nacional, custou mais de 200 mil euros fica concluída em breve.