Entidades responsáveis. Não se pode relevar qualquer tipo de violência ou racismo! A verdade é que a Autoridade para a Prevenção e o Combate à Violência no Desporto, a Associação de Futebol de Viseu e as Forças de Segurança estão atuantes, mas para isso temos de lhes fazer chegar os acontecimentos. Só assim poderão intervir. Também exigimos que, depois, as punições sejam publicitadas, para que não exista a sensação, ainda mais, de impunidade e sirvam de exemplo para potenciais agressores.
Os Municípios, nos seus contratos-programas, já preveem o corte de subsídios a clubes cujos agentes e/ou adeptos tenham um comportamento desviante no desporto.  Temos de investir em mais ações pedagógicas.
Não aceitar a agressão e ter coragem de denunciar são dois dos requisitos a cumprir para travar a violência no desporto. Dependem muito de todos os agentes desportivos e, em especial, dos árbitros, que têm de denunciar todos os casos. Esta foi, aliás, uma das conclusões do congresso sobre a violência do Comité Olímpico Português que decorreu esta semana.
Todos somos responsáveis se presenciarmos estas situações e não as reportarmos. Os adultos não podem ser maus exemplos. Não podem levar as suas frustrações para os jogos dos filhos, nem podem compactuar com situações de violência causadas por outros. Crianças de 14 anos agredidas e insultadas no desporto são realidades inconcebíveis e criminosas.

Também os clubes não podem ter medo ou preservar a sua imagem assobiando para o lado. É preciso uma intervenção imediata e eficaz da sua parte sempre que ocorram situações como estas.

Adultos, urge defender os direitos das crianças e dos jovens. Deixem-nos jogar e cumpram o vosso papel: protegê-los!

Vitor Santos

(Embaixador do PNED)

  • Ilustração de Miguel Rebelo