Ricardo Lopes, presidente do Grupo Desportivo de Mangualde e candidato assumido nas próximas eleições, já trabalha na planificação da época 2020/2021

João Bento treinador da equipa sénior e João Paulo Duarte diretor-geral do futebol de formação

Depois da saída de Ricardo Jorge “Mangualde” do comando da equipa sénior, João Bento foi o escolhido para preparar a próxima época. No ano em que comemora 25 anos de carreira como treinador, João Bento regressa a uma casa que bem conhece depois de ter representado anteriormente o G.D.M em três ocasiões.

Recorde-se que em virtude da alteração dos quadros competitivos da A.F.V, a Divisão de Honra 2020/21 contará com 18 equipas.

Relativamente ao plantel sénior, decorrem conversações com diversos atletas, estando neste momento asseguradas as seguintes renovações: Tiago, Elton, Cartaxo, Sarmento, Luís Lopes, Cláudio, Zé Maria, Fábio Marques, Vadinho, Márcio, Inácio e Falcão.

No que diz respeito a aquisições, estão até ao momento contratados: David Santos ex. Lamelas, Pedro Mota ex. Carregal do Sal e João Vítor ex. Travanca.

Ricardo Lopes refere que “o objetivo passa por consolidar a permanência na Divisão de Honra, dando estabilidade à equipa com a renovação de mais de 90% dos atletas e apostando em aquisições que rejuvenesçam o plantel. O clube tem de deixar de viver nesta constante instabilidade de resultados e tem de voltar a assumir-se como uma referência na Divisão de Honra da A.F.V.”

Futebol de formação com todos os escalões inscritos nos quadros competitivos da A.F.V

O futebol de formação do clube, tem sido motivo de grande polémica nos últimos tempos. Para Ricardo Lopes, “existiu uma tentativa de lançar o caos no clube, a partir do momento que assumi esta recandidatura e por motivos que, finalmente hoje, grande parte das pessoas começam a perceber.  A existência do futebol de formação e o seu normal funcionamento nunca esteve em causa. Primeiro porque o G.D.M tem celebrado com o Município um Contrato Programa que obriga o clube a ter inscrito todos os escalões e qualquer alteração teria de ser antecipadamente negociada, sob pena de penalizações; segundo porque nem aquando da construção do relvado sintético, quando o G.D.M tinha apenas um espaço para treinar, esta direção terminou com os escalões de formação; por último, a aposta feita na requalificação do Campo Conde de Anadia foi para dotar o futebol de formação de mais e melhores condições e não faz sentido hoje termos condições infraestruturais únicas no distrito e não possuirmos escalões de formação. Só por desconhecimento da história ou por má fé, se lançou esta confusão”.

Depois da controversa saída de alguns dos elementos que asseguravam a gestão do futebol de formação, Ricardo Lopes, apostou no regresso de João Paulo Duarte ao clube, referindo “o regresso do prof. João Paulo estava previsto, desde o dia que saiu do clube. É alguém com formação na área, com grande conhecimento do futebol de formação e com uma bagagem enorme de trabalho realizado em clubes de referência. Dá nos totais garantias de continuidade do bom trabalho que estava a ser realizado”.

Confrontado com as notícias da saída de muitos dos atletas dos escalões de formação, Ricardo Lopes mostra-se preocupado, afirmando que “infelizmente o futebol de formação hoje é um negócio para algumas pessoas e para alguns clubes. Para a maioria dos clubes, os atletas são números que apenas servem para aumentar as transferências das verbas dos contratos programa celebrados com os municípios, na esperança que apareça mais algum João Félix que seja um Euromilhões para o clube e um PPR para os pais. A pressão colocada sobre pais e sobre atletas, por parte de muitos clubes, acaba por desvirtuar os verdadeiros propósitos do futebol de formação que deveriam ser uma ocupação saudável dos tempos livres, o ensinamento das regras básicas do futebol e uma aproximação descontraída à competição, transportando depois estes ensinamentos para a vivência do atleta enquanto membro da sociedade”.

Sobre os efeitos que a pandemia da COVID 19 causou sobre o clube, Ricardo Lopes afirma “nos tempos que correm não é fácil preparar um orçamento em qualquer área de negócio, muito menos num clube de futebol. Iremos fazê-lo, projetando uma redução de 20% nas receitas, efetuando o respetivo ajustamento financeiro de forma transversal ao clube (equipa sénior e formação). Os vetores para cumprir esta premissa, serão apresentados aos Associados na próxima Assembleia geral”.

Eleito pela primeira vez em maio de 2007, Ricardo Lopes irá apostar na estabilidade dos restantes órgãos sociais, mantendo Joaquim Patrício como presidente da Assembleia-geral e Lúcio Albuquerque como presidente do Conselho-fiscal.