Tal como à COVID-19, também ao stress as crianças tendem em responder de forma diferente. A busca pelo conforto, por mais proximidade ou, em contrapartida mais isoladas, pedir mais colo, estando mais agitadas, com sonos mais curtos… podem ser reações normais da criança a uma situação “anormal” para ela. Mas se olharmos para estes sinais de forma isolada, importa avaliar a sua causa.

Stress é tudo aquilo que nos desequilibra, que foge ao que nos habituámos ser “a normalidade”. A oscilação da balança entre as expectativas e os recursos pode tornar-se um verdadeiro desafio também para os mais pequenos.

Muitas crianças tendem em questionar tudo o que as envolve por isso, sobretudo nesta fase, responda-lhes de forma cuidada, carinhosa, mas assertiva. Explique-lhes o que está a acontecer sem lhes passar a ideia de medo ou perigo. Faça-as sentir-se seguras e protegidas perto de si,

Se em algum momento um familiar se sentir menos bem, com necessidade de ser hospitalizado, não crie expectativas sobre algo que não controla, como dizendo “vai ficar tudo bem” ou “não tarda volta para casa”. Passe, sim, a ideia de que os profissionais de saúde (médicos e enfermeiros) o vão receber e tratar com todos os cuidados.

Tempo e atenção são as palavras certas para este momento!

Dê-lhes atenção e inclua nos planos diários momentos educativos, através de jogos e atividades que os estimulem cognitivamente.

Como se não soubéssemos! Por elas, tudo!

Joana Pinheiro

Psicóloga