O A25-BIS-DR2 é um Gene! Uma sequência de aminoácidos, que só existiu no primitivo povo dos Lusitanos.

A Ciência é assim, por vezes. Procura-se uma coisa e tropeça-se com o inesperado. Foi o que aconteceu quando o Estudo dos Genes de Histocompatibilidade HLA, revelaram que os descendentes dos Lusitanos possuíam dois Genes únicos :

O gene humano A26-B38-DR13 que é o mais antigo da Humanidade, e o A25-BIS-DR2 que é único, e só existe nos Lusitanos e seus descendentes, não existindo em nenhum outro Povo do Mundo.

Os portugueses têm os dois; o nosso código genético é diferente de todos os outros Povos Mediterrânicos, é único e é, até prova em contrário, o mais antigo da Terra?!.

Os dados conhecidos mostram uma fraca diferenciação genética interna entre os portugueses, cuja base é essencialmente continental europeia e sul mediterrânica, com pelo menos 60% dos portugueses a apresentarem marcadores genéticos de origens paleolíticas (Neandertais e Homo de Cro Magnon).

A base genética da população portuguesa manteve-se aproximadamente a mesma nos últimos 40.000 anos, apesar da presença de inúmeros povos no território português ao longo da história e do tempo, e que contribuíram, uns mais e outros menos, para o seu património genético.

Foram muitos os processos migratórios e invasores que impactaram a herança genética do povo português, mas o grande contributo foi o mais antigo, dos povoamentos e migrações paleolíticas, com a chegada à Europa do homem de Cro Magnon/1º Homo Sapiens, há 30.000 anos, que substituiu e extinguiu progressivamente as populações Neandertais, cuja extinção total e final (10 mil anos depois) veio a ocorrer na Península Ibérica.

Um estudo de 2007 coloca as populações ibéricas um pouco afastadas de outros grupos euro continentais, incluindo os sul-europeus, fundamentando assim a hipótese de que a Península Ibérica alberga as populações com a origem mais antiga de toda a Europa.

Outro estudo genético de 2019, que analisou o DNA dos habitantes da Península Ibérica, dos últimos 8.000 mil anos, sugere que a estrutura genética da população portuguesa e espanhola foi formada pelas seguintes ondas migratórias:-

 

  1. Mesolítico (8 mil A.C.): há um influxo inicial de caçadores colectores da Europa Central, que migraram para o noroeste da Península Ibérica.

 

  1. Início do Neolítico (5 mil A.C.): agricultores neolíticos mudam-se para a Península Ibérica, introduzindo a ancestralidade da Anatólia.

 

  1. Médio Neolítico (4 mil A.C.): influxo adicional de caçadores colectores da Europa Central.

 

  1. Idade do Cobre (3 mil A.C.): algum influxo de genes pelo contacto esporádico com o Norte da África.

 

  1. Idade do Bronze (2 mil A.C.): fluxo génico adicional do Centro e do Norte da Europa.

 

  1. Idade do Ferro (mil A.C.): mais fluxo génico do Centro e do Norte da Europa.

 

  1. Período Romano (ano 0): influxo genético do Mediterrâneo central e oriental. Algum influxo adicional de genes norte-africanos, no sul da Península Ibérica.

 

  1. Período Visigótico (ano 400 DC): nenhum influxo genético duradouro.

 

  1. Período Muçulmano (ano 1000 DP): fluxo génico adicional do Norte da África.

 

  1. Com a Reconquista, há uma maior troca de fluxo génico do resto da Península Ibérica em direcção ao Sul, seguido da expulsão dos mouriscos, reduzindo a contribuição norte-africana, mas sem eliminá-la completamente.

Imediatamente antes da chegada dos Romanos, em 400 AC, os povos que habitavam o ocidente peninsular, eram os Galaicos (a norte do Douro), os Lusitanos (entre o Douro e o Tejo), os Célticos (entre o Tejo e o Algarve) e os Cónios ou Cinetes (no Algarve), entre outros povos ibéricos pré-romanos com menor expressão, tais como os Brácaros, Celernos, Equesos, Gróvios, Interâmicos, Leunos, Luancos, Límicos, Narbasos, Nemetatos, Pésures, Quaquernos, Seurbos, Tamaganos, Taporos, Túrdulos, Túrdulos velhos, Túrdulos opidanos, Turodos e Zelas.

Neste contexto, de que fundos genéticos ancestrais emergem as populações das velhas terras de Azurara da Beira?

Sabe-se que no século XII, para povoamento do Concelho de Mangualde vieram colónias estrangeiras, (D. Sancho I, o Povoador, teve 19 filhos!), o que não ocorreu, em qualquer outra parte da Beira Alta, mas o fundo étnico do concelho não se quebrou, pois o seu substracto estava já cimentado na ancestral herança duma comum consanguinidade.

Qual foi esse substracto ou base fundamental donde emergiu toda a eugenia da população beirã?

A história diz que, por todo o planalto da Beira Alta até às encostas do Caramulo, Buçaco e Estrela, viveu uma tribo de vigorosas qualidades guerreiras, em lutas constantes com povos invasores, demais povos vizinhos e entre si também, a tribo dos Lusitanos.

Assim eram os Lusitanos pintados por Estrabão, Tito Lívio e outros, não deixando Políbio de fazer menção ao seu indomável desejo de liberdade; de onde vieram os Lusitanos?

Os Lusitanos, em face da História e da Antropologia, eram um dos diferentes ramos das populações da Ibéria, ocupando maioritariamente os territórios entre o Douro e o Tejo (e não só).

Em todo este território era e ainda é o habitante da Beira Alta, aquele que, diferenciando-se de todo o resto da população portuguesa, apresenta as características inconfundíveis duma raça forte, à qual as posteriores mestiçagens não alteraram a primitiva natureza e origem.

O Historiador Oliveira Martins escreveu :- “A serra da Estrela é a mais elevada das cordilheiras de Portugal… é a espinha dorsal da Península, a divisória de Portugal em duas metades muito diversas na fisionomia, temperamento e carácter, é o coração do País, e é aí que ainda habita o genuíno representante do Lusitano antigo, enquanto exemplar puro duma raça ante histórica onde nos podemos filiar, e não entre os galegos a norte do Douro, nem entre os turdetanos da costa sul, ou as populações litorais cruzadas com mil e uma outras raças.”

A gente da Beira diferencia-se pela robustez física, temperamento forte, persistente esforço nas mais laboriosas actividades, reflexos esses do fundo étnico em que assenta a nossa ancestral consanguinidade.

Solar da Raça é como a Beira Alta é considerada por alguns historiadores hodiernos, e se algo temos a agradecer a O. Martins, foi a sua justa compreensão do problema etnológico da Beira, considerando os seus habitantes, como os genuínos representantes da raça Lusitana.

No entanto, há historiadores modernos, Herculano por exemplo, que reduzem a nada ou a pouco o papel do Lusitanos na ascendência portuguesa, face às muitas correntes migratórias e invasoras ocorridas ao longo da nossa História.

Bem, o Professor Dr. Mendes Correia rebate peremptoriamente esta consideração, dizendo que: – “O carácter lusitano revela-se, através da História tão heróico e indomável, tão distinto e tão particular na Península Ibérica, que causa surpresa o despiciente desembaraço com que, não já Herculano, mas modernos autores postergam aquisições sérias da etnologia, da arqueologia e da mais elementar lógica, para negarem a relevância definitiva dos Lusitanos na unidade e força da raça Portuguesa”.

E continua dizendo que :- “ Uns punhados de legionários e colonos romanos, umas hordas de bárbaros do norte e de sarracenos, alguns aventureiros de além Pirinéus, teriam segundo esses autores, vindo substituir, por um tão heteróclito mosaico étnico, a massa homogénea lusitana, e dado tardiamente origem, pelo mais surpreendente e estranho fenómeno, à unidade nacional portuguesa. Não será mil vezes mais lógico admitir que tais ondas invasoras e migratórias, nunca terem sido tão numerosas e destruidoras que o fundo rácico indígena desaparecesse, antes pelo contrário, permanecesse a sua força e unidade, garantindo a unidade da raça, no futura até hoje?”

Esta lógica conclusão do professor mais se acentua e prevalece, aplicando-a no sentido restrito do termo, ao Lusitano da Beira Alta.

Em termos simples e brevíssimos. É pois essa a origem e a herança genética, étnica e histórica das boas e sólidas gentes das velhas terras de Azurara da Beira, ou Mangualde.

Há ainda estudos que definem os seguintes povos como os mais decisivos na formação genética, civilizacional e cultural dos portugueses, através de toda a sua história:-

Estrimníos

Os Estrímnios (em latim: Oestremni) são dados como o primeiro povo nativo conhecido de Portugal. Oestremni significa (povo do) extremo ocidente; estendiam o seu território da Galiza até ao Algarve.

Este povo de hábitos rudes dormia no chão, alimentava-se de carne de bode e pão feito a partir de farinha de bolotas e praticava sacrifícios humanos, durante os quais examinavam as vísceras das vítimas para predizer o futuro.

Ofis (ou Sefes)

Do leste chegaram os Sefes, guiados pela sua deusa-serpente, Ofiusa; eram menos numerosos que os Estrímnios, que eram um povo de agricultores pacíficos e os Sefes, além de bons guerreiros, possuíam uma religião mais desenvolvida e quase exterminaram os Estrímnios.

Fundaram uma primeira cidade, Dipo, que sobreviveu até à época romana e que muitos acreditam ter sido no subsolo de Évora Monte e, avançando para oeste e para noroeste, fundaram sucessivamente Beuipo (Alcácer do Sal), Olisipo (Lisboa) e Colipo (Leiria), avançando até às margens do Mondego.

Cempsos

Os Cempsos foram uma povo que habitou o sudoeste da Ibéria na Antiguidade, sendo oriundos da Dácia, Roménia; habitaram a região do Cinético, nome dado na Antiguidade ao Algarve; os cempsos terão fundado Sesimbra.

Lusitanos

Os Lusitanos foram um dos principais povos antepassados dos portugueses do centro e sul do país e dos extremenhos; habitavam na área entre o Douro e o Tejo e foram penetrando progressivamente no Alto Alentejo e não só.

Os vários Povos que constituíam os Lusitanos eram os: – Lusis, Igeditanos, Lancienses Opidanos, Taporos, Celarnos ou Colarnos, Lancienses, Transcudanos, Meidubrigenses, Arabrigenses e Pésures.

Entre as numerosas tribos que habitavam a Península Ibérica quando chegaram os romanos, os Lusitanos foram considerados, por alguns autores, a maior das tribos ibéricas.

Supõe-se que a zona do centro de Portugal era habitada pelos Lusis ou Lysis, um dos povos que teria dado origem aos Lusitanos.

Os Lusis eram provavelmente povos do Bronze Final, linguística e culturalmente de origem indo-europeia e pré-céltica, e que numa época posterior vieram a sofrer relevantes influências das Culturas de Hallstatt e mediterrânicas, isto, ao longo dos séculos VIII e VII A.C.

Os Lusis foram referidos pela primeira vez no Ora Maritima de Avieno onde foram chamados de pernix, que significa ágil, rápido e é o adjectivo que se aplicava ao praticante de jogos de destreza física.

Os escritores da Antiguidade identificaram duas grandes etnias na Península Ibérica, a Ibera e a Celta, e qualificavam os seus habitantes como sendo iberos ou celtas ou uma mistura das duas etnias, os celtas da Ibéria ou Celtiberos.

Diodoro Sículo considerava os lusitanos um povo celta: – “Os que são chamados de lusitanos são os mais valentes de todos os cimbros/celtas”. Estrabão diferenciava os lusitanos das tribos iberas.

Viriato foi referido como líder dos Celtiberos (Lusitanos miscigenados/aliados com Celtas).

Os Lusitanos também eram chamados de Belitanos, segundo Artemidoro.

Entre autores modernos não existe consenso total e alguns considerem os Lusitanos simplesmente iberos, lígures e ou celtas; na realidade são Iberos puros associados com Celtas invasores.

Apiano relata que quando o pretor Bruto, ao perseguir Viriato, atacou as cidades da Lusitânia, as mulheres lutavam e morriam valentemente lado a lado com os homens.

Depreende-se que de alguma forma o treino militar também era dado às mulheres em quem recaia também a defesa dos castros, onde residiam.

Fenícios

Os Fenícios eram um povo de navegadores e comerciantes originário do actual Líbano e da zona costeira da moderna Síria; procuraram entre nós a pesca, salga do peixe e minerais, cobre, prata e estanho; traziam tecidos, vidros, porcelanas, armas e objectos de adorno, para fazerem as suas trocas comerciais. Fundaram as Feitorias, uma espécie de postos comerciais, no litoral. Criaram o primeiro alfabeto, constituído por 22 consoantes, e utilizaram o papiro para escreverem.

Gregos

Os Gregos chegaram depois à Península, concorrentes comerciais dos Fenícios, fundam várias colónias, tais como Alcácer do Sal.

Estes introduziram a civilização helénica no Sul e Leste da Península. Como vestígios da sua presença deixaram a ânfora (uma das primeiras peças para armazenar mantimentos), vasos e moedas. Embora se considerem lendas, diz-se que Ulisses fundou Lisboa, e o filho deste, Abidis, fundou Santarém.

A maior contribuição grega na cultura das populações deste território foi sem dúvida a noção de moeda, que começou a ser cunhada localmente em Emporion no século V A.C.

Cartagineses

Os Cartagineses descendiam dos Fenícios e dedicavam-se ao comércio de metais e à salga de peixe. Atribui-se-lhes a fundação de Portimão e outras colónias de pescadores na costa algarvia.

Celtiberos

Os celtiberos são o povo que resultou, segundo alguns autores, da fusão das culturas do povo Céltico e do povo Ibérico e que habitaram nas regiões montanhosas onde nascem os rios Douro, Tejo e Guadiana, desde o século VI A.C.

Para outros autores, tratar-se-ia de um povo Celta que adaptou costumes e tradições ibéricas. A sua organização social e a sua natural belicosidade permitiram a estes povos resistir tenazmente aos invasores Romanos até cerca de 133 A.C., com a queda de Numância.

Há historiadores que consideram que esta miscigenação de povos ibéricos e celtas deu origem aos Lusitanos, considerados pelos historiadores como os antecessores dos portugueses, que viriam a ser subjugados pelo Império Romano no século II A.C.

Suevos

Os Suevos começaram por ser guerreiros e lavradores. Depois tornaram-se conquistadores e alargaram o seu reino para sul, até ao rio Tejo. Converteram-se ao catolicismo, por influência de S. Martinho de Dume. Fundaram o Reino dos Suevos, com a capital em Braga e esta tornou-se um grande centro de fé e de cultura.

Com a expansão do reino para sul, os Suevos instalaram-se em Portucale, na foz do rio Douro. O arado quadrado e o espigueiro foram deixados por este povo.

Visigodos

Os Visigodos chegaram à Península Ibérica no ano de 416. Aqui fundaram um reino, submeteram os Suevos e ficaram a dominar longos anos em todo o território.

O reino dos Visigodos estava organizado numa monarquia absoluta, com a capital em Toledo

Publicaram o Código Visigótico, o Código de Eurico e a Lex romana Visigothorum. Estabeleceram uma sociedade formada pelo Clero, Nobreza e Povo.

Eram grandes artistas, em especial na fabricação de jóias. A pouca arte visigótica que ainda podemos admirar em Portugal está na ourivesaria e na arquitectura.

Romanos

É dos povos que mais heranças nos deixaram: – o latim, a numeração romana, pontes, estradas, aquedutos e cidades (o mais famoso centro urbano romano é em Condeixa, onde existem as ruínas da antiga cidade romana, Conímbriga).

A calçada portuguesa é uma criação dos romanos. O vinho, o pão e o azeite eram muito admirados pelos romanos. A lei do mundo ocidental ainda hoje tem uma notória influência romana.

Judeus

Até à época da Inquisição existiam muitos judeus em Portugal com grande influência na sociedade. Muitos judeus desempenharam um trabalho relevante no sucesso das descobertas portuguesas nos séculos XV e XVI, trabalhando na áreas da matemática, de astronomia e de cartografia. Já em plena época de perseguição, deixaram marca na gastronomia, com a famosa alheira de Mirandela (Trás-os-Montes).

Muçulmanos

A presença muçulmana em Portugal durou 500 anos, sendo assim natural que tenha deixado uma forte herança cultural e genética.

Na agricultura, o tanque, a nora e os canais de rega foram invenções islâmicas; trouxeram árvores/alimentos como a oliveira, limoeiro, laranjeira, abóbora, cenoura, arroz e a figueira.

Também nos doces há intervenção muçulmana: arroz doce, aletria, açúcar. No nosso actual vocabulário, quase todas as palavras que começam por Al têm origem muçulmana.

Africanos

Embora seja um pormenor desconhecido pela maioria dos portugueses, a zona do vale do Sado foi povoado por escravos negros. Já no séc. XVI havia pessoas de cor negra vivendo nas terras de Alcácer, para as povoarem, comprados no mercado de escravos.

Franceses

Em 1199 D. Sancho I doa a Herdade da Açafa à Ordem do Templo, delimitada a norte pelo Rio Tejo e a sul pelos território dos actuais concelhos de Nisa e Castelo de Vide.

Ao mesmo tempo o monarca anuncia a vinda de colonos franceses, que chegaram de forma faseada, sendo o último grupo destinado ao povoamento do território da Açafa.

Instalaram-se junto das fortalezas construídas pelos monges guerreiros e aí ergueram habitações e fundaram aglomerados populacionais a que deram o nome das suas terras de origem.

Sendo os primeiros habitantes oriundos de Nice, ergueram aqui a sua “ Nova Nice” ou melhor dizendo, “Nisa a Nova”, que encontramos nos documentos, e quando surge o termo Nisa a Velha, este refere-se à sua antiga terra de origem, a Nice francesa.

Cónios

Os Cónios eram os habitantes das actuais regiões do Algarve e Baixo Alentejo, no sul de Portugal, em data anterior ao séc. VIII A.C., até serem integrados na Província Romana da Lusitânia. A origem étnica dos cónios permanece uma incógnita, mas seria seguramente uma origem celta, proto-celta, ou pré-céltica ibérica.

Cronistas da antiguidade greco-romana, enumeram mais de 40 tribos ibéricas, entre elas a tribo cónia, como sendo descendentes de Jafé, pai dos europeus.

 

Fim

José Luiz Costa Sousa 

(Bibliografia:- Concelho de Mangualde, antigo Concelho de Azurara da Beira, De Valentim da Silva)

Nome:- José Luíz da Costa Sousa

Natural de Mangualde

Habilitações Literárias:-  Academia Militar de 1965 a 1969

Carreira militar

De 69 a 84, integrou as Tropas Paraquedistas.  

Cumpriu 5 anos em várias comissões na guerra do Ultramar, Angola e Moçambique, de alferes a  Capitão.

Condecorado com:- 1 Cruz de Guerra de 2ª classe, 1 medalha de Serviços Distintos, etc… e agraciado com várias Medalhas Comemorativas e com o Prémio Governador Geral de Angola, Prémio Heróis de Portugal, e outros.

Carreira na PSP 

De 1984 a 2002, integrou-se nos quadros permanentes da PSP no posto de Tenente Coronel, até ao posto de Superintende Chefe.

Funções na PSP, em Portugal

Comandante Distrital da PSP Viseu, Director do Serviço de Informática da PSP,  Director de Ensino da Escolas Práticas e Superior da PSP, Comandante Distrital da PSP no Algarve.

Assessor Principal para a Segurança do Exmo. Snr Presidente da República, Dr. Jorge Sampaio

Funções na ONU

Integrou várias Missões da ONU, Jugoslávia e Timor, tendo  desempenhado as seguintes funções:-

Comissário ou Comandante Geral da Polícia Internacional da ONU em Timor na UNTAET (2000 e 2001)

Chefe de Estado Maior da Polícia Internacional da ONU na Jugoslávia ( 93 e 94)

Comandante de várias Regiões e Sectores da Polícia da ONU, no decurso da guerra da Jugoslávia.

Agraciado com várias Medalhas da ONU

Funções na União Europeia

Oficial de Ligação da Missão da extinta UEO na Bósnia com a Presidência Portuguesa da UEO, em Bruxelas.

Assessor Sénior e Chefe da Segurança da Polícia da União Europeia na Bósnia de 2003 a 2012

Agraciado com várias Medalhas da União Europeia.